segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Pressão da Política Sobre os Nossos Atos

Pra quem não sabe o voto de cabresto um método muito eficiente pra se atingir resultados favoráveis através da violência ou pressão psicológica começou a vigorar no final do século XIX, após a Constituição Republicana instituir o voto aberto e não secreto para eleger representantes políticos, junto a isso vieram os coronéis controlar a democracia.
Por mais estranho que pareça e por mais que digam que não mais existe, é tudo mentira de político e de quem acredita neles.
O que vimos em (17/11/2010) foi um verdadeiro resultado do que o voto de cabresto faz inconscientemente nas pessoas. Todo mundo sabe, que vivemos com uma quantidade imensa de pessoas que sobrevivem da oportunidade que a nobre e velha donzela (Prefeitura do nosso município) dá aos seus cidadãos, ou seria os nobres coronéis disfarçados de políticos que dão essa oportunidade? Eleitor no cabresto!
É notória a condição infame dos ônibus que pertencem ao município e que transportam alunos, falo por que também já utilizei! Já usamos por sinal até jipe engesa, Veraneio, Kombi velha doada pelo DER, D20, e o teco-teco que foi leiloado na gestão passada.
Quem usa estes ônibus sabem que nunca foi confortável andar nos mesmos e agora então quebrando quase toda semana duas ou três vezes, aí se danou!
Mas é impressionante como tinha tanta gente torcendo para que Gustavo, Fernando, Neilson, Neto, Rodolfo, Anderson e o restante da turma fossem esculachados pelas autoridades, eram muitos animados pela situação que se encontrava nossa Câmara de Vereadores naquele momento específico. Nem passa pela cabeça da grande maioria, que aquele protesto já deveria ter sido feito há muito tempo e que há muito tempo já deveríamos ter ônibus pelo menos no patamar do veículo da Prefeitura de Boca da Mata. Que sonho!
O que tem o voto de cabresto haver com isso? Tudo!
Temos uma sociedade que grita no seu interior, porque não pode abrir a boca senão perde a boquinha que lhes dá a oportunidade de ser alguém ou ter pra ser alguém. Porque quem fala mal dos “coronéis” e depende da nobre velha donzela, se falar ou participar de protestos contra a situação, provavelmente perderão seus proventos e saldos positivos na conta corrente.
Enquanto fomos escravos dessa ditadura e opressão que até tenta nos impedir de falar e não soubermos que a escravidão e o tempo de coronel acabaram, viveremos em um lugar onde impera a ganância pelo poder para poucos e a subserviência daqueles que necessitam de tudo, o nosso povo será torcedor e advogado de político e vai pedir o enforcamento daquele que luta por uma maioria sem ter a maioria do lado dele.
Aos covardes por necessidade, desejo um futuro melhor!

O que queremos e o que temos

Queremos um lugar limpo, onde tenha lixeiras espalhadas a cada 100 metros e que as pessoas a utilizem. Queremos uma educação de qualidade, onde os professores sejam formadores de opinião e que nossos filhos o respeitem, assim como deveriam respeitar seus pais. Que nossos professores sejam pessoas preparadas para os mais diversos problemas e que os pais os escutem, assim como escutam seus filhos. Queremos representantes responsáveis, com visão de futuro voltada para a disseminação do trabalho coletivo, para o bem da maioria, onde eles possam ajudar a construir um ambiente melhor para sua região. Que sejam honestos e dignos, logo, merecedores do nosso voto. Queremos pessoas instruídas, educadas, cultas e que saibam discernir certo de errado, cobrar, fiscalizar e buscar melhorias para a sociedade onde vivem.
Queremos um lugar parecido com a criação de Thomas Morus (1480 – 1535), um lugar chamado Utopia.
E o que temos?
O que temos é um lugar onde fazem quase nada e a maioria acha que estão fazendo tudo. Uma educação de aprovação para empurrar o problema ao invés de uma educação que os resolve. Temos educadores mal remunerados e insatisfeitos com os desmandos e perseguições que vem de todos os lados e que os tornam pessoas infelizes e decepcionadas.
Temos lixo nas ruas e cidadãos “conscientes” que dizem que devemos jogar o lixo em qualquer lugar para que o gari não perca seu emprego. Temos cidadãos que votam e falam, “agora perdi meu valor”.
Temos uma politica de interesses individuais, onde se reparte e distribui o bolo em pedacinhos pequenos aos pequenos e em pedaços maiores aos que dão o apoio necessário para um objetivo pessoal.
O que mais queremos?
Queremos um prédio novo para uma escola velha; que a praça nova, seja sempre nova; um esgoto com tratamento onde nunca teve; um lugar onde se pratique esporte e tenha lazer; uma casa que seja casa; um lixão que produza lucro e ocupação e não só destruição; uma reunião de nove, onde os nove sejam ouvintes dos gritos de socorro e os socorra e que não sejam surdos que não ouvem nem o que falam; uma mulher ou homem que faça aquilo que nenhum dos seus antecessores fez antes, ou seja, que faça o melhor e que tenhamos pessoas que pensem, pensem e pensem e não engulam tudo que dizem ou que lhe dão.

O início

Aqui abro espaço para comentários sobre nossa sociedade em geral, para que vivamos numa democracia e exponhamos nossas idéias e pensamentos sobre nossa cidade, estado e sociedade em geral, espaço esse de pensamento próprio e livre.


Erinaldo Calado
26 de dezembro de 2010