segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O que queremos e o que temos

Queremos um lugar limpo, onde tenha lixeiras espalhadas a cada 100 metros e que as pessoas a utilizem. Queremos uma educação de qualidade, onde os professores sejam formadores de opinião e que nossos filhos o respeitem, assim como deveriam respeitar seus pais. Que nossos professores sejam pessoas preparadas para os mais diversos problemas e que os pais os escutem, assim como escutam seus filhos. Queremos representantes responsáveis, com visão de futuro voltada para a disseminação do trabalho coletivo, para o bem da maioria, onde eles possam ajudar a construir um ambiente melhor para sua região. Que sejam honestos e dignos, logo, merecedores do nosso voto. Queremos pessoas instruídas, educadas, cultas e que saibam discernir certo de errado, cobrar, fiscalizar e buscar melhorias para a sociedade onde vivem.
Queremos um lugar parecido com a criação de Thomas Morus (1480 – 1535), um lugar chamado Utopia.
E o que temos?
O que temos é um lugar onde fazem quase nada e a maioria acha que estão fazendo tudo. Uma educação de aprovação para empurrar o problema ao invés de uma educação que os resolve. Temos educadores mal remunerados e insatisfeitos com os desmandos e perseguições que vem de todos os lados e que os tornam pessoas infelizes e decepcionadas.
Temos lixo nas ruas e cidadãos “conscientes” que dizem que devemos jogar o lixo em qualquer lugar para que o gari não perca seu emprego. Temos cidadãos que votam e falam, “agora perdi meu valor”.
Temos uma politica de interesses individuais, onde se reparte e distribui o bolo em pedacinhos pequenos aos pequenos e em pedaços maiores aos que dão o apoio necessário para um objetivo pessoal.
O que mais queremos?
Queremos um prédio novo para uma escola velha; que a praça nova, seja sempre nova; um esgoto com tratamento onde nunca teve; um lugar onde se pratique esporte e tenha lazer; uma casa que seja casa; um lixão que produza lucro e ocupação e não só destruição; uma reunião de nove, onde os nove sejam ouvintes dos gritos de socorro e os socorra e que não sejam surdos que não ouvem nem o que falam; uma mulher ou homem que faça aquilo que nenhum dos seus antecessores fez antes, ou seja, que faça o melhor e que tenhamos pessoas que pensem, pensem e pensem e não engulam tudo que dizem ou que lhe dão.

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