domingo, 23 de outubro de 2011

Negociações Suspeitas

Reportagem do Estadão (Jornal O Estado de São Paulo)


E-mails revelam 'taxa de retorno' de 25% em Alagoas


PF abriu inquérito sobre 'provável ocorrência' de corrupção no Estado envolvendo o Panamericano e outros bancos


23 de outubro de 2011 | 3h 03

O Estado de S.Paulo
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar "provável ocorrência de crimes de corrupção passiva e ativa envolvendo o relacionamento de pessoas vinculadas ao governo de Alagoas, o Banco Panamericano e outras instituições financeiras nacionais".
A sucessão de e-mails entre os executivos que ocuparam o alto escalão do Panamericano sugere que o governo alagoano teria cobrado "taxa de retorno" de 25% sobre cada parcela de uma dívida com dez instituições.
Os e-mails (ver trechos ao lado) que a PF encartou ao inquérito do Panamericano relatam que, no período de fevereiro a dezembro de 2006, Alagoas deixou de pagar todas as operações de crédito consignado, embora tenha descontado os valores da folha dos servidores. Na ocasião, o chefe do executivo era Luís Abílio, que assumira o cargo em substituição ao governador Ronaldo Lessa (PDT).
Os e-mails citam frequentemente Luiz Otávio Gomes, secretário de Planejamento do governo Teotônio Vilela (PSDB), como personagem central da negociação. A coleção de mensagens eletrônicas destaca que a "taxa de retorno" pode ter sido destinada à campanha eleitoral tucana no Estado. "O pagamento do retorno poderá ser a título de doação para campanha do PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa de comunicação que será indicada pelo secretário", anotou Luiz Carlos Perandin, gerente operacional de consignação do Panamericano, no e-mail de 10 de agosto de 2010.
A maior parte dos e-mails é endereçada a Rafael Palladino, ex-presidente do Panamericano. Sua advogada, Elizabeth Queijo, disse que não vai se manifestar até que ele preste depoimento.
No caso do Panamericano, o débito de Alagoas somava R$ 3,08 milhões. Em 10 de agosto de 2010, Perandin destacou que "recentemente todos os bancos foram procurados individualmente" pelo secretário de Planejamento "que se apresentou como assessor especial do governador, sendo discutida proposta do governo para liquidar o débito em quatro parcelas".
E-mails indicam que Luiz Otávio teria se reunido com bancos credores em São Paulo para acertar condições de pagamento. Perandin calcula que os 25% sobre o valor principal (R$ 2,71 milhões, já descontada correção monetária) representou montante de R$ 678,5 mil. Em 23 de agosto, a menos de dois meses das eleições, e-mail de Perandin a Palladino informa sobre a visita de Luiz Otávio. "Ele disse que amanhã estará em SP para negociar o retorno."
Ao Estado, o secretário reagiu com veemência e assegurou que jamais negociou com o Panamericano ou outra instituição. Ele disse que o governo Teotônio Vilela herdou R$ 7 bilhões em dívida fundada e R$ 400 milhões em restos a pagar. "Nos primeiros três anos da gestão (2007-2009) os bancos pressionaram constantemente o governo de todas as formas possíveis para receber."
"Ninguém vai encontrar um único e-mail de minha autoria para banco ou para qualquer diretor tratando desse assunto", assevera. "Meus computadores e arquivos, inclusive pessoais, estão abertos, à disposição da Polícia Federal. Eu me desloco para São Paulo a cada 10 ou 15 dias porque o governo Teotônio mudou a face de Alagoas, com investimentos de R$ 5 bilhões. Fui procurado sim por diretor de banco, mas se me perguntarem o nome dele eu não sei, como também fui procurado por empresários. Eu disse a eles que iriam receber porque o governo Teotônio é sério, transparente. Mantive contato com esse pessoal que mais nos procurou e sugeri que fossem ao secretário da Fazenda."
"Eu nunca tratei com nenhum banqueiro, com nenhum executivo de banco sobre valor de débitos. As negociações financeiras foram todas sempre conduzidas pelo secretário da Fazenda, homem sério e competente. Ele foi duríssimo com esse pessoal, não aceitou os números apresentados pelo sistema financeiro, as correções solicitadas e exigiu um deságio. Quero saber exatamente onde há qualquer irregularidade, falcatrua ou esquema de corrupção."
"O que é que Alagoas tem a ver com o rombo de R$ 4,3 bilhões no Panamericano? Eles é que não foram gestores competentes", assinala Luiz Otávio. "A gente não pode responder pelos e-mails que escrevem." F.M., D.F., L.M. e M.G.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Com segurança, mas sem segurança?!

Há mais de 2 meses sem viatura da Polícia Civil, só contamos com a viatura da Policia Militar. Apesar de um efetivo pequeno ela faz nossa segurança, levando em consideração os altos índices de criminalidade no nosso Estado e o elevado crescimento populacional na zona urbana das cidade que trás junto com esse crescimento os problemas sociais, que na maioria das vezes é causados pelo abandono do poder público. Esse efetivo deveria ser bem maior, mas...
Quem nasceu aqui em Joaquim Gomes sabe que a quantidade de policiais que atendem ao nosso Município é a mesma a muito tempo, a cidade cresce sem controle para zona urbana como uma “zona” no pior sentido que a palavra pode ter. Drogas, assaltos e assassinatos em plena luz do dia como se fossem a coisa mais normal do mundo, são as desgraças “naturais”  do progresso de cidades sem controle urbano e falta de segurança.
O poder público até tenta, mas apesar de nossa cidade viver hoje como se fosse um big brother, as câmeras de segurança instaladas em Joaquim Gomes, ao que tudo indica funcionam mas não tem nenhum tipo de controle ou manutenção para seu perfeito funcionamento. Dias atrás, uma delas foi virada para um terreno baldio para vigiar grilos e sapos e até dias depois ainda continuava do mesmo jeito. Nas escolas do município também foram instaladas essas benditas câmeras, mas parece que ainda não estão funcionando, pois segundo informações, tivemos até algumas já furtadas de dentro de uma escola. Isso é dinheiro público investido e precisa de mais cuidado. 
Num passado um pouco menos recente, sofremos um assalto naqueles caixas da prefeitura, eles que eram a saída para muitos moradores de nossa cidade. 
Descobriram com aquele assalto, que a câmera que poderia vigiar aquela unidade, estava quebrada, e mesmo que estivesse funcionando, talvez nem tivesse nem vigilante naquele horário? O centro de monitoramento dessas câmeras funciona dentro da Delegacia de Policia Civil, mas na minha opinião, acho que não deveria ficar alí, já que a nossa polícia já tem muito a fazer por tão pouco que recebem. Se o computador central fica na delegacia, será que eles recebem por esse serviço?
É preciso investir em segurança em nossa cidade, mas é preciso que se tenha controle sobre esse investimento sem dar mais um trabalho aqueles que já desempenham suas atividades com muita dificuldade. 
Por que não criar um centro de monitoramento e manutenção dessas câmeras, interligado com as polícias e facilitando os serviços das mesmas? Se contrata tanto no nosso município sem necessidade, por que não contratar e treinar pessoas que fiquem responsáveis por essa arma boa para auxílio às polícias?
Esses investimentos não podem ser meros montantes de dinheiro jogado de maneira errada para a sociedade e por mais que não queira, tudo envolve a nossa política. Aquelas propagandas e promessas de pessoas que nascem em nossa terra, conhecem nossos problemas, mas têm o dinheiro para se protegerem em seus carros, mansões cercadas de segurança, alarmes e outros meios de proteção que o dinheiro pode comprar se transformas em palavras jogadas ao ar.O dinheiro que na verdade sai dos nossos bolsos em forma de impostos e se transforma em serviços oferecidos a nós cidadãos, também se transformam em regalias financeiras para nossos representantes e que na verdade não deveriam funcionar só para eles.
Quanto mais tempo passo nesse lugar, acho que não tem mais jeito, não por culpa de A ou de B, mas pelo poder que nós temos e não sabemos usar. O nosso voto que deveria ser uma arma de revolta e transformação de uma sociedade, transforma-se em mercadoria barata nas mãos de políticos corruptos que só querem luxo e propriedades que no futuro levarão no seu caixão quando morrerem. 
Onde vamos parar?


Em dezembro a gente descobre!

Continua...


Erinaldo Calado

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