sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quem dá mais?

Vendo minha dignidade, cidadania, meu respeito próprio e minha esperança. Preço? Quem dá mais?
Dependendo da importância que eu tenha na sociedade, o valor pode aumentar e até ocupações dentro do poder podem me aparecer. Cargos de confiança são os mais cobiçados nessa sociedade de hipócritas.
No jogo da política tem sempre os “espertinhos” que usam do seu poder financeiro para futuramente usarem do poder que adquirem com a política em uma cidade e fazerem do posto de representante do povo meio ilícito de enriquecimento.
A cada eleição seja ela como for, Câmara ou voto direto (eleitor), existe sempre aqueles interessados no poder e que usam dos poderes que tem para conseguir seus objetivos e esquecem o verdadeiro papel deles. Ruim com eles, pior sem eles? É verdade!
Na cassação dos prefeitos eleitos na ultima eleição, começou logo depois a busca pela negociação daquela cadeira tão cobiçada e leiloada por alguns deles por favores pessoais e financeiros, logo por pessoas tão esclarecidas. O problema do nosso município não esta só nos políticos, mas também naqueles que os colocam lá.
Nesse período sem prefeito eleito pelo povo, vimos vereador dizer que estava se sentindo um motorista que não sabia dirigir, mas dirigir se aprende rápido, tão bom dirigir que logo se quer repetir, mas temos que lembrar também que dentro desse ônibus existe muita gente que cria esperanças num motorista que pode nos levar ao destino certo ou desviá-lo do seu caminho normal e acabar virando com o povo dentro. A compra de fulano ou cicrano para eleger beltrano, sempre vai existir e nunca saberemos ao certo quem comprou quem e quem se vendeu. Assim funciona a política suja de interesses, mas não custava nada aos nossos plíticos serem dignos ao estarem no poder!
Em menos de 1 ano vimos uma revolução dentro daquela Câmara, com vereadores se escondendo para não serem assediados. Queriam mudar, dar um novo rumo a nossa cidade e hoje racharam novamente a união que salvaria a nossa cidade. Existe sim aqueles que fincam o pé e dizem, “é aqui que vou ficar” enquanto outros, atraídos ou forçados por partidos acabam tendo que aceitar a decisão dos outros. E o povo como fica?
Unidos pelo bem? Quem sobrou desse bem? E o povo?
Quem está errado nessa história toda?
Lembro bem, das discussões sobre Fulano que estava do lado de Cicrano e que não podia assumir, pois era um perigo. Um daqueles que estavam em calendários e imagens espalhadas pela cidade, hoje é apoiado por outro que ninguém queria ver. Aliás, essa pessoa que foi condenada por compra de votos outrora, só foi um exemplo do que já podia ter acontecido, pois quem ensinou o povo a se portar aceitando dinheiro estão aí da mesma forma que ela, querendo voltar. Não foi ela que ensinou os eleitores esperar de madrugada antes da eleição para receber agrados. Se for para atirar a primeira pedra que usem telhado de aço, coisa que ninguém tem.
Mas o que esperar do povo agora?
Esse povo que tem o poder de decidir, mudar, renovar, mais uma vez está sendo comprado pela sua necessidade ou fraqueza, comprado por um valor qualquer e um pedido para arrancar a esperança do peito e aceitar o que eles têm para dar-lhes naquele momento. 
Afinal, proposta para quê? Do que adianta tentar propor algo novo que nos favoreça, que favoreça a todos os cidadãos se o próprio cidadão prefere o trocado que ele tem a lhe dar.
E depois?
Aqueles quem criam esperanças na política se decepcionam, seja pela postura do mesmo depois de eleito ou pela fraqueza de muitos que ao se venderem modificam o resultado.
Sou esperançoso e vivo dando murro em ponta de faca, esperando o dia em que o nosso povo se revolte e tenha consciência dos próprios atos, mas acho que esse dia nunca irá chegar, até que aqueles que fazem a política de Joaquim Gomes tratem o povo com respeito e não como mercadorias em uma prateleira de um mercado qualquer.

Erinaldo Calado 


Mais em: www.erinaldocalado.blogspot.com

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